quinta-feira, 18 de abril de 2013


“ Você é mais bonita do que pensa.”
É um bom vídeo para todas nós. Quantas vezes nos auto boicotamos, não respeitamos as nossas vontades, não nos classificamos merecedoras de coisas boas?
Mulheres, especialmente, sofrem ataques diários à sua estima, à sua estirpe e às suas escolhas. Somos postas como objetos, noutro tempo como maquiavélicas, vez e outra como produtos e não raro como desinteresse. Que as coisas vão de mal a pior em um conjunto social ao qual eu sequer me atrevo a qualificar é sabido. Mas daí que nunca tinha parado para refletir o quanto de fato isso abala as nossas estruturas emocionais e psíquicas de tal forma a promover uma visão distorcida de nós mesmas, aparentemente mulheres que não se enquadram em padrões de desvios comportamentais e psíquicos.
Somos excessivamente duras conosco e temo que não seja um privilégio do nosso sexo. E aí talvez começa a maratona problemática das nossas relações. Não é de hoje que divago na hipótese da frustração dos envolvimentos na pauta de que as pessoas não buscam se relacionar umas com as outras, mas sim, alguém que alimente seus egos.
Certo ou errado, fato que sim há muito ego a ser alimentado por aí, já que a casa onde moram mostra-se completamente vazia.
Quantas vezes não nos apaixonamos pela ideia de o outro estar apaixonado por nós e o colocamos no pedestal da vez, sequer analisando se é digno do cargo de inquilino dos nossos corações?
Isso não implica que devemos olhar com olhos não tão bons as possibilidades, mas alimentar previamente nosso ego também não é uma ideia tão ruim.
Podemos nós mesmos tirarmos a falta de liquidez dos nossos olhos e percebermos que nossas rugas não são apenas marcas, são nosso físico indicando que bons momentos já foram passados.
E quando a pinta é vista como charme, a beleza nasce. E o amor próprio, ressurge. 

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