“ Você é mais bonita do que pensa.”
É um bom vídeo para todas nós. Quantas vezes nos
auto boicotamos, não respeitamos as nossas vontades, não nos classificamos merecedoras de coisas boas?
Mulheres, especialmente, sofrem ataques diários à sua
estima, à sua estirpe e às suas escolhas. Somos postas como objetos, noutro
tempo como maquiavélicas, vez e outra como produtos e não raro como
desinteresse. Que as coisas vão de mal a pior em um conjunto social ao qual eu
sequer me atrevo a qualificar é sabido. Mas daí que nunca tinha parado para refletir
o quanto de fato isso abala as nossas estruturas emocionais e psíquicas de tal
forma a promover uma visão distorcida de nós mesmas, aparentemente mulheres que
não se enquadram em padrões de desvios comportamentais e psíquicos.
Somos excessivamente duras conosco e temo que não seja um
privilégio do nosso sexo. E aí talvez começa a maratona problemática das nossas
relações. Não é de hoje que divago na hipótese da frustração dos envolvimentos
na pauta de que as pessoas não buscam se relacionar umas com as outras, mas
sim, alguém que alimente seus egos.
Certo ou errado, fato que sim há muito ego a ser alimentado
por aí, já que a casa onde moram mostra-se completamente vazia.
Quantas vezes não nos apaixonamos pela ideia de o outro
estar apaixonado por nós e o colocamos no pedestal da vez, sequer analisando se
é digno do cargo de inquilino dos nossos corações?
Isso não implica que devemos olhar com olhos não tão bons as
possibilidades, mas alimentar previamente nosso ego também não é uma ideia tão
ruim.
Podemos nós mesmos tirarmos a falta de liquidez dos nossos
olhos e percebermos que nossas rugas não são apenas marcas, são nosso físico
indicando que bons momentos já foram passados.
E quando a pinta é vista como charme, a beleza nasce. E o
amor próprio, ressurge.
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