quarta-feira, 20 de março de 2013

Direitos humanos para humanos direitos?


Teve uma fase, e nesse ponto eu confundo um pouco fase da vida e fase da faculdade, que eu achava bem genial essa frase: direitos humanos para humanos direitos.

Nem vou entrar no mérito do nosso sistema penal porque seria gastar unhas (?!) em vão. Que é falho, que é injusto, que é caro, que é ineficaz... sim, tudo isso e quiçá muito mais.

Daí que se tratando especialmente desse ramo, a divisão sobre o mesmo é bem simples. Basta que respondamos de que lado do muro nós estamos. Famílias vítimas de malfadados atos são descrentes da justiça. As famílias dos infratores, pasmem, também o são.

E aí, aonde estão os direitos humanos? Nem uma e nem a outra se sentirá nesse momento apoiada. Enquanto uma clama por uma segurança provinda do Estado, a outra clama pela segurança dentro do próprio Estado. É sim, vias de fato, uma discussão sem fim.

E talvez, com o tempo, com o vento e com mais um monte de socos que a gente leva da vida, e, sejamos francos, com uns afagos também, eu me tornei um pouco mais amena em relação às minhas opiniões.

Hoje eu já não mais levantaria essa bandeira. E não é moralismo de um lado ou de outro. É apenas constatação. Embora eu consiga transitar livremente entre um mundo e o outro, racionalmente e emocionalmente há sim como entender – isso, claro, para quem distingue que uma análise não é uma concordância.

Lógico que eu erro e peco e muito também. Sou tão falível quanto possa ser qualquer um de carne e osso. Mas felizmente, temos nossas particularidades. E nessas, meus caros, acho que cultivei que minha grama não é nem mais nem menos verde que a de ninguém.

E quantos dedos mesmo nos apontamos quando julgamos o outro?

Por essas e outras que não digo que direitos humanos são para humanos direitos... quem seria eu para indicar um que não direito? Ou outro que desumano?

A ferida dói. Sempre. Estando certo, estando errado. Somos sempre mais carne quando talvez devêssemos ser mais espírito. 

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