segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Sem mais.

Podia ter sido você. Mais do que isso talvez pudesse ter sido eu. Eu que sempre achei que a gente escolhesse o par pela cor que fazia vibrar o coração ou pelos percalços que causassem aos olhos. Podia ter sido então na primavera ou no calor escaldante do verão. É que eu nunca gostei de usar casaco e o frio daqui congelava além do que os ossos já puderam suportar. Então foi que eu achei que também isso desse para se escolher: aquele alí do canto moço. De barba rala, de camisa clara. Aquele moço, aquele que olha para o outro lado porque eu nunca tive preguiça de ensinar a direção. Mesmo que sequer eu saiba usar navegador ou contar estrelas ou pontos ou qualquer iluminação que possa significar endereço, seta ou caminho. Me perco todas as vezes que eu pego a esquerda quando lá atrás o mapa dizia direita. É que tem concerto não: a gente escreve com um lado e a gente sente é com o outro. Sina de dividir. Sina de sentir, demais. 

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