Pierrot.
E ai? E ai parecia que não existiria um dia sem você aqui do
lado. E eu nunca quis acreditar que um dia isso também fosse acontecer.
Foi que
a gente se achou aonde a maioria das pessoas se perde. Foi que a gente se quis
sem ao menos olhar para o lado.
Foi que a melodia correu leve, assim como os
passos da dança que sincronizou do começo ao fim.
Foi tão assim que dava para sentir a brisa do verão em todas
as noites que as janelas não cerraram. Nem medo do escuro e nem de
eletricidade: eu não te jogaria daqui por nada.
E foram também as gargalhadas mais gostosas: embora eu nunca
sentisse cócegas, todas as borboletas, aqui, dançam comigo.
Teve uns pingos de café que mancharam a tua camisa branca só
por assim dizer que deixei a marca: escura e borrada como tudo aquilo que não se
tem muita certeza.
E sentei de ser feliz no chão, sem dor e nem pudor caminhei
de meias brancas: um pouco de ousadia é sempre sedução.
Um pingo no olho, uma piscadela para o garçom e um circo a
nossa espera: que rufem os tambores, sempre tem espetáculo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário